Ando
inspirada, pronta a satisfazer minhas curiosidades e penetrar fundo na minha
consciência operante. Não é fácil mergulhar no estudo, torna-se uma busca
desenfreada por respostas que geram perguntas e perguntas insaciáveis de respostas.
Uma
loucura, partindo do pressuposto filosófico de que a dúvida que gera o
conhecimento, esse se torna inalcançável.
Digamos que penetro para além da superfície,
me aprofundo em lugares desconhecidos, ainda não visitados, isso é no mínimo
instigante.
Leva-me
a crer que meu ser pensante ultrapassa entendimentos limitados de verdades
consumadas, isso me faz crescer e perceber que tenho uma cabeça enorme e um
cérebro funcional incrível, maleável e super-resistente. Por vezes o ‘cabeção’
dói, desconcerta, desconstrói, mas é digno do trabalho de aprimoramento que ele
esta passando, é como uma obra em constante criação, nunca terminada.
Anseio
pelos caminhos a seguir, pelas descobertas que estão por vir. Cada dia eu me
permito mais e mais, olhar em volta, me aperceber do tempo e sinto que não
quero perder nada, nenhum momento da vida acadêmica. Estou sedenta de saber,
numa perseguição alucinada por tudo que ainda não aprendi, de certo modo, o
tempo que perdi.
Lembro-me
da época da escola (ensino médio), eu não queria saber de estudar, estudar pra
quê? Perda de tempo para quem quer ser atriz. Para que vai me servir a
matemática? Onde vou usar química, biologia e todas essas matérias
horripilantes.
Quanto
tempo não vi passar, alienada, sufocada por referências tradicionais como diz
Elis: ‘E Vivemos e morremos como nossos pais...’
Eu
amo meus pais isso é fato, mas viver e morrer como eles, não dá né? Não cabe em
mim, no meu tempo, no que almejo ser. Penso que quero meu filho ‘bem’ melhor
que eu, no quesito conhecimento, transformação, enfim, o mundo muda, a história
se refaz, não quero me prender a raízes e enclausurar meu eu criativo,
transgressor.
Quando
dei conta do lado crítico, e de minha existência para além de mim, comecei a
nortear meus passos e tomar um rumo sem volta, pois embarcando no pensamento de Einstein, uma
mente que se abre a novas ideias jamais retorna ao seu tamanho original. Adoro
isso!
É
uma sensação de contemplamento com o novo conhecimento, misturada com uma certa
frustração pois nunca hei de saber tudo, de ver todos os filmes, ler todos os
livros, de saber das coisas como eu gostaria.
Uma
coisa é certa, meu olhar perante o mundo muda a cada dia, meus ouvidos estão
mais alertas para o entendimento, minha visão mais ativa, meus sentidos
acordados para receber, trocar e guardar na bagagem aprendizados que levarei por todo sempre.
Essa
sou eu...Como Raul: EU PREFIRO SER ESSA METAMORFOSE AMBULANTE, DO QUE TER
AQUELA VELHA OPINIÃO FORMADA SOBRE TUDO!
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